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FAMÍLIA RIBEIRO QUEIROZ
A linhagem Quirós (que deu Queirós em
Portugal) é das mais antigas das Astúrias referindo o
genealogista e heraldista espanhol Francisco Sarandeses, na sua obra
"Heraldica de los Apelidos Asturianos" que era tão antiga e de
tanto realce que usava como moto "despues de Diós la Casa de
Quirós" nas fachadas brazonadas dos seus solares asturianos.A
ligação genealógica com uma filha de D. Bernardo
del Cárpio (ou D. Bernaldo) deve ser assumida como verdadeira,
visto que tem vindo repetidamente a ser usado na família os
apelidos de Bernaldo de Quirós.Um dos principais ramos dos
Quirós deu origem à família Cienfuegos,
descendente segundo todos os genealogistas espanhóis de D.
Garcia González, senhor de Quirós, que com cem homens de
armas munidos de archotes, investiu contra um exército de cem
mil mouros que se encontravam nas suas terras (Quirós, bispado
de Oviedo). Os mouros pensando que era a vanguarda de um
exército leonês retiraram apressadamente, despenhando-se
pelas íngremes montanhas o grosso das suas forças. D.
Garcia ficou conhecido pelo "de los cien fuegos" e o local do feito,
onde foi erigida uma ermida, por "Cienfuegos". Os seus descendentes
tomaram esta última forma como apelido.Segundo refere o
marquês de Abrantes, inscrevem os genealogistas as origens desta
família num quadro de quase inexcedível grandeza e
antiguidade, fazendo-a derivar de um lendário príncipe
Constantino, aliado do Papa Estêvão III contra
Desidério, Rei da Lombardia, e vencedor deste.Na sua
opinião,contudo, os "de Queirós" provêm dos antigos
senhores da vila desta designação, nas Astúrias,
que tiveram alguma preponderância social no nosso país no
século XIV.Terá sido no último quartel deste
século que passou a Portugal Fernando Álvares de
Queirós, que seguiu o partido do Rei D. Fernando I, o Formoso,
contra Henrique III de Castela, aqui se casando com D. Elvira de
Castro, com geração que continuou este nome no nosso
país.
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